domingo, 7 de dezembro de 2014



Bandeirantes


Nas estradas para o interior,
propagandas gigantescas
em placas gigantescas
anunciam “Produtos da Roça”

Ao fundo, vejo apenas
prédios gigantescos
chaminés gigantescas
fábricas gigantescas

Onde será que fica a roça?
O que restou da velha roça?

Um caminhão gigantesco
espirra água no para-brisa
e quase perco a direção

(Que saudade de uma velha
e carcomida carroça)

Quanto mais “Produtos da Roça”
Menos produtos da roça



Um comentário:

André Luiz Pinto disse...

excelente poema.